“Flor
Lácio”, assim era tratada a Língua Portuguesa por um de seus maiores autores,
Olavo Bilac. As flores representavam as
línguas neolatinas daquela região, Lácio. E a língua portuguesa foi a última a
ser estruturada, já no século XVI, por Camões.
Desde
então, muito se tem dito e escrito em prosa e verso e melodia. Quantas palavras
vazias, significativas e vividas são expressas! Palavras que despertam emoções
e sentimentos por ela traduzidos. Sem falar naquelas que só existem em sua
essência, como “saudade”.
Assim
como tantos declamadores, escritores e cantores, Caetano não resistiu aos seus encantos: “Gosto de sentir a minha
língua roçar a língua de Luís de Camões”; “Minha pátria é minha língua”. Mas
muitos, atualmente, não parecem comungar a mesma admiração. Preferem outros
idiomas, como o inglês de Shakespeare, o francês de Saint-Exupéry, o italiano
de Alighieri, o espanhol de Cervantes, o russo de Tolstoi, o alemão de Von
Goethe...
E
a língua portuguesa vai aparando as arestas que lhe são impostas pelos
incultos, pelos apressados, pelos desfavorecidos. Segue malfalada, maltratada
pelos incautos, desvalorizada, mas consciente de seu poder perante a nação. Por
isso nada mais justo que existir um dia dedicado a ela – 10 de junho.
Vale
uma reflexão sobre a importância de conhecê-la com mais profundidade e por que
não uma reverência a sua austeridade.
Maria Teresa
Maria Teresa
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