terça-feira, 2 de dezembro de 2014

65 milhões de meninas estão fora da escola


Certa ocasião, Malala Yousafzai teve ocasião de asseverar que "os extremistas estavam e estão assustados com livros e lápis. O poder da educação os assusta. Eles estão com medo das mulheres. O poder da voz das mulheres os assusta".

Esta jovem paquistanesa, notável, é a pessoa mais nova a ser laureada com o prêmio Nobel. Seus esforços se destinam ao direito fundamental de todo ser humano: o acesso amplo à educação, especialmente para as crianças e jovens.

Ela não foi alçada ao posto de personalidade influente casualmente. Pelo contrário, ela encontrou resistências ferozes em seu próprio país, assolado pelos conflitos políticos e a influência deletéria do grupo Talibã (que tentou matá-la e a deixou em estado de saúde grave). Foi neste contexto, aparentemente desfavorável, que Malala trouxe do âmago do ser toda a sua força para lutar por aquelas que não tinham voz.

Ao ser reconhecida em seu país e, principalmente, em virtude do Blog que ela escrevia, tornou-se popular e ganhou a ajuda de organismos nacionais e internacionais. Sendo, posteriormente, como já dito, laureada com o prêmio Nobel da Paz.

"A Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura) estima que 65 milhões de meninas estejam fora da escola. De acordo com o relatório global Educação para Todos, o caso é mais grave em países da África e da Ásia.

Desse total, 31 milhões de garotas em idade escolar deveriam frequentar o ensino primário (o que corresponde ao nosso Ensino Fundamental) – 4 milhões a mais do que os meninos em idade escolar. Entre essas garotas, 17 milhões nunca mais devem voltar à sala de aula.

Três países têm mais de um milhão de meninas fora da escola: Nigéria (5,5 milhões), Paquistão (mais de 3 milhões) e Etiópia (mais de um milhão)".

São necessárias pessoas como Malala para salientar a relevância da educação enquanto única arma de paz e libertação de consciências. Do contrário, permanecerá o hiato entre aqueles que conhecem e aqueles que estão alijados do processo de ensino. E, por consequência, haverá gravíssimas desordens sociais: desemprego, prejuízos econômicos, violências de toda ordem etc.

É necessário criar mecanismos de inclusão social, urgentemente.


Referência:

<http://educacao.uol.com.br/noticias/2014/11/24/unesco-65-milhoes-de-meninas-estao-fora-da-escola.htm>


Por Marcos Paulo

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