quarta-feira, 11 de setembro de 2013

É Vero! #18: O Cerrado renasce

O segundo maior bioma brasileiro, já ocupou um quarto do território brasileiro, hoje ocupa cerca de 20% do total. Embora seja considerado o maior laboratório de gene do mundo, é hoje o bioma mais ameaçado do Brasil.

E não é por falta de relevância, pois o bioma é reconhecido como o berço das águas no Brasil. Nele nascem as bacias do Araguaia/Tocantins, bacia do São Francisco e a do Paraná/Paraguai cujas águas  abastecem milhões de habitantes.

O Cerrado brasileiro abrange o Distrito Federal e 13 estados, está presente em cerca de 25% dos municípios no país, detém 5% da biodiversidade do planeta e apresenta a maior diversidade biológica entre as savanas mundiais. Seu bioma possui vegetação extremamente rica e variada e muitas espécies da nossa flora e da nossa fauna não existem em qualquer outro local do mundo. Somente a metade da vegetação nativa sobrevive. Sua área está muito ligada ao agronegócio, que vê o cerrado como área natural de expansão da atividade agrícola e pecuária. Isso faz com que o cerrado seja considerado atualmente o bioma mais ameaçado do Brasil. No entanto, a capacidade de adaptação das espécies nativas à variação climática (chuva, seca e frio) é espantosa. Sua vegetação contém genes que as tornam tolerantes à seca e a temperaturas mais altas ou baixas.

Tanto a agricultura mecanizada para produção de grãos quanto a pecuária extensiva continuam sendo dois fatores determinantes do desenvolvimento da região e da consequente devastação, como as queimadas, que ameaçam também os povos do cerrado e a sobrevivência dos seus conhecimentos tradicionais, dos seus saberes e fazeres.

O desenvolvimento ou interesses econômicos, não podem servir de desculpas para destruição desta riqueza ambiental e cultural. O cerrado sobrevive na seca, no frio, nas águas, sofre nas queimadas, mas um dia pode morrer!

Hoje é seu dia.

Mas precisamos saber como preservar e recuperar!

Araticum, baunilha e cajuzinhos do cerrado,
cagaita, araçá,  umbu
mangaba, jatobá e baru.
Pequi, tamarindo e murici,
seriguela, gabiroba,
buriti, guariroba.
Frutas, castanhas, caules, vagens que nos alegram 
dando cor e sabor a quitutes, quitandas, sorvetes e pudins.
Anta, bugio preto, ariranha, irara,
onça pintada, onça preta, suçuarana,
quati, tamanduá bandeira e mirim.
Capivara, cervo, cuíca, jaguatirica, lobo guará,
lontra, mão pelada, paca, cateto, preá,
tatus peba, canastra, galinha e bola,
cachorro e porco do mato, ouriço cacheiro
siriema, gato mourisco, gato maracajá,  
raposa do campo, veado catingueiro.
Pequenos, grandes, das águas, da terra ou do ar,  cada um a chorar, a cantar e no cerrado a vagar.

O Cerrado é nosso e ele renasce!

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