terça-feira, 18 de junho de 2013

EaD com Neurismar Torres #6


Hoje é dia de prosa sobre EAD com Neurismar Torres. Mesmo distante, Neurismar me  pediu um help (Socorro) e com sua concordância repasso agora algumas informações sobre o 9o SENAED – Seminário Nacional ABED de Educação a Distância: "A aprendizagem flexível e a distância na formação de capital humano globalmente qualificado".


O Seminário conduzido pelo professor Dr. Fredic Michael Litto, Presidente da ABED, em suas considerações iniciais, fez a seguinte afirmação: “Quando bem-feita, a Educação a Distância pode ser melhor que a Educação Presencial”, embora exista ainda muitos desafios e preconceitos quanto a EAD.

O Seminário contou com a participação dos Deputados Federais Ângelo Agnolim e Vicentinho e do Senador Valdir Raupp de Matos, que relataram experiências em EAD. O Deputado Ângelo Agnolim antecipou um dos assuntos que seriam abordados no Encontro, a proibição do FIES aos estudantes de EAD, o que considera uma discriminação. Defendeu a extensão do Fies e criticou a Portaria do MEC (Portaria no 1, de 22 de janeiro de 2010) que impede o financiamento da modalidade por meio do programa citado.

A lei que regula o Fies (Lei no 10.260/2001) não proíbe a inclusão de alunos de Educação a Distância no Sistema de Crédito. O problema está em uma Portaria do Ministério da Educação (MEC), editada em 2010 (Portaria Normativa no 10, de 22 de janeiro de 2010).


O professor João Vianney creditou a iniciativa da extensão do Fies aos estudantes de EAD a Ricardo Holz. Para este, o estudante de EAD, em sua maioria, pertence a um público de baixa renda e, sem o acesso ao financiamento estudantil, muitos desses alunos enfrentam dificuldades para cursar uma Faculdade.

Vianney fez, ainda, as considerações a seguir.

1. Levantou algumas hipóteses sobre o FIES ser proibido aos alunos de EAD, não conseguindo chegar a uma resposta plausível para a proibição por parte do Governo.

2. Apresentou o perfil atual do aluno de EAD, a partir dos relatórios do ENAD. “Eles são mais velhos. Têm, em média, 33 anos – contra 26 anos dos colegas do ensino presencial. A maioria tem poder aquisitivo mais baixo: 43% dos alunos que estudam a distância têm renda familiar de até 3 salários-mínimos, sendo que apenas 26% ficam nesse patamar no ensino presencial, em que a renda média familiar  está acima de 10 salários-mínimos”.


3. Relacionou alguns motivos pelo qual a EAD é importante para o Brasil.

   - A inovação tecnológica permite maior qualidade.

   - O MEC vai autorizar novas IES na EAD.  
   - A criação de novos cursos.  
   - O aumento da cobertura.

Em outro momento do Seminário, estiveram presentes os seguintes representantes.


   - Maria Rebeca Otero Gomes – Unesco

   - Luiz Roberto Curi – CNE
   - Rolando Vargas Vallejos – SENAI   
   - Diogo Albuquerque – CNJ   
   - Carlos Artur Arêas – SETEC-MEC
   - Welington Maciel – Representante do FNDE
      Os palestrantes foram unânimes quanto a importância da EAD na formação e na capacitação de profissionais, frisando a necessidade de se buscar não apenas um ensino de qualidade, mas de oferecer cursos de formação em áreas específicas, que supram a demanda do mercado.

      É perceptível que as autoridades que atuam no âmbito da EAD consideram essa modalidade um caminho sem volta e reconheçam sua importância para a formação de capital humano qualificado. É verdade que ainda enfrentamos desafios, preconceitos, leis que a engessam. Há muito que se fazer para melhorá-la, mas não podemos negar que a demanda de cursos existentes, em áreas específicas, podem ser ofertados a distância.

      Bem, essas foram as nossas percepções sobre o 9o SENAED. Se você participou, fique à vontade para contribuir conosco. Gostaria de encerrar, convidando-o a refletir sobre a participação do professor-tutor no cenário da EAD, tema para a próxima prosa. 

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